Fossa Séptica Biodigestora com Wetlands

Fossa séptica Biodigestora com Wetlands: o que é?

Fossa Séptica Biodigestora com Wetlands é um sistema de tratamento que funciona através de processos biológicos, para o tratamento de esgoto sanitários. O tratamento poderá ser empregado em residências, condomínios residenciais, hotéis, pousadas, casas de evento, entre outros. O sistema é composto por um pré-tratamento, tratamento anaeróbio, wetland (zona de raízes) e desinfecção final atendendo integralmente a Resolução CONAMA 430/2011.


Função da
Fossa Séptica Biodigestora

O sistema deverá ser precedido de pré-tratamento, como qualquer estação de tratamento. No pré-tratamento a caixa de gordura deverá evitar o entupimento das tubulações do sistema, o gradeamento deverá conter sólidos grosseiros e a caixa de areia irá conter parte dos sólidos mais finos.

A etapa de tratamento primário será composta por um biodigestor e filtro anaeróbio. O fluxo ascensional do biodigestor torna o equipamento mais eficiente que métodos anaeróbios tradicionais, como a fossa séptica.

Figura 1 – Fossa Séptica Biodigestora e Filtro Anaeróbio

O contato do efluente com o lodo em atividade contido no biodigestor estabiliza a matéria orgânica em um tempo de detenção relativamente curto. Um separador de fases retém o lodo no biodigestor, enquanto o líquido tratado passa para o próximo compartimento. O filtro anaeróbio irá reter os sólidos arrastados e estabilizar a matéria orgânica, aumentando a eficiência do processo.

Figura 2 – Fluxograma de tratamento com Fossa Biodigestora e Wetlands

A Fossa Séptica Biodigestora, que realiza o tratamento primário, será limitada por utilizar de vias metabólicas anaeróbias. O tratamento anaeróbio tem a capacidade de reduzir parte carga orgânica do sistema, entretanto é incapaz de metabolizar o nitrogênio amoniacal presente no efluente. Por isso, se faz necessário o uso de um tratamento secundário adequado, para que o sistema tenha uma eficiência adequada e atenda aos padrões de lançamento vigentes.

Wetlands: Como funciona?

A Wetland, conhecida também como zona de raízes, é um processo de tratamento com potencial de eficiência similar ao de processos como lodos ativados, quando combinado com um tratamento primário. O tratamento completo, primário e secundário, é necessário para que a eficiência do projeto seja aumentada e também para reduzir o acumulo de detritos no leito, reduzindo os gastos com manutenção.

 

Figura 3 – Sistema de tratamento com Fossa Biodigestora e Wetlands

Na wetlands, as raízes das plantas têm o papel de oxigenar o meio filtrante, propiciando o desenvolvimento de micro-organismo aeróbios e facultativos no leito. Os micro-organismos provocarão a redução de carga orgânica e a depuração do efluente como um todo.

O fluxo do efluente na zona de raízes poderá ser horizontal ou vertical, sendo o sistema vertical mais empregado por ocupar uma área menor e provocar uma remoção mais eficiente de nitrogênio amoniacal.

Características técnicas

Ao compararmos as Wetlands com tratamentos com eficiência semelhante, como lodos ativados e biofiltro, o custo de implantação será similar, mas a grande vantagem está no custo operacional. A Wetland não consome energia durante sua operação e possui baixo consumo de químicos, apenas para a cloração final, reduzindo os gastos com manutenção e operação.

A área será um fator importante para a implantação desse sistema. A wetland requer entre 1 e 2 m² de área de implantação por habitante, além da área para instalação do tratamento primário e a área de circulação. Apesar da grande área ocupada, vale ressaltar que o teor paisagístico torna o sistema de tratamento harmônico ao cenário.

As plantas utilizadas no processo deverão ser podadas mensalmente ou até mesmo anualmente. Sendo a frequência maior para os casos em que a Wetland tenha fim paisagístico. Além de estética, a poda deverá prevenir a propagação de vetores.

A propagação de odores, associadas as estações de tratamento, está relacionada aos tratamentos primários anaeróbios. Os odores gerados pelos subprodutos do tratamento anaeróbio, como gás metano e gás sulfídrico, poderão ser controlados através de filtros de carvão ativado. Para a zona de raízes a propagação de odores não será um problema, visto que o processo nesse local é majoritariamente aeróbio.

sazonalidade do efluente, muitas vezes vista como um empecilho, será para a Wetland uma vantagem, por evitar a colmatação do sistema. Em locais que o efluente não seja sazonal, poderá ser utilizado leitos alternados, caso a vazão ou a carga orgânica do efluente seja elevada.

Descarte

O efluente tratado poderá ter diferentes destinos finais. A vala de infiltração é recomenda para locais onde o solo não é saturado, com remota possibilidade de contaminação do aquífero. O sumidouro poderá ser utilizado em locais onde o aquífero é profundo, nesse caso deverá ser garantida uma distância mínima de 1,50 m do fundo do sumidouro e o nível máximo do aquífero. As galerias de águas pluviais serão uma alternativa caso o efluente tenha os padrões físico-químico-biológicos do corpo receptor, autorização do órgão ambiental e outras especificações.
Águas superficiais desde que observada a qualidade do efluente em relação as especificações do corpo receptor e também os cuidados para não comprometer as margens dos rios e fluxo local de pessoas. O reúso não será
considerado como uma alternativa para o destino final.

 

BIOFOSSA Águas Claras Engenharia

A Águas Claras Engenharia desenvolveu os seguintes modelos de tratamento de efluentes com Fossa Séptica Biodigestora e sistema de Wetlands para esgotos sanitários:

 

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